Presidente conclui evento antes, para não macular igreja em Maceió; poucos pontos foram discutidos
Por orientação do corpo jurídico da Convenção Geral das
Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) e seguindo as prerrogativas que
lhe são impostas, com base no estatuto da Igreja, o pastor José
Wellington Bezerra da Costa, presidente da instituição, encerrou os
trabalhos da Assembleia Geral Extraordinária (AGE), em Alagoas, mais
cedo. Antes mesmo de começar a plenária desta sexta-feira (08) e
imediatamente após o momento devocional feito pelo pastor Elienai Cabral
(PR), o presidente fez a conclusão e explicou que a atitude estava
sendo tomada para evitar, de novo, posturas impróprias de alguns
convencionais.
Na sessão desta quinta-feira, os debates bastante acalorados provocaram
um clima de mal-estar. O assunto em questão era a inclusão, no Credo ou
no estatuto da denominação, de três artigos que se referem a um
posicionamento contrário da Assembleia de Deus acerca de prováveis
ameaças aos princípios cristãos na atualidade, a exemplo do casamento
entre pessoas do mesmo sexo.
Assim que o pastor Elienai Cabral encerrou a ministração, o pastor José
Wellington Bezerra da Costa fez a leitura da orientação da equipe
jurídica da CGADB para que a 5ª AGE fosse encerrada naquele instante. O
documento lido em plenário argumentava que a conclusão era necessária
para evitar novos debates descabidos. A Convenção Geral ainda protestava
pela postura dos convencionais durante as discussões e recomendava que a
conduta deles, no evento, deveria ser investigada por uma comissão
interna.
Diante das alegações feitas pelos advogados, o presidente afirmou que
estava encerrando os trabalhos e faria isto com base no estatuto. “Não
desejamos que a Igreja em Maceió sofra qualquer tipo de arranhão, ou
seja maculada por conta destes procedimentos errados. Agradecemos ao
pastor José Antonio dos Santos pela excelente recepção”, falou o pastor
Wellington, concluindo a AGE com uma oração.
Alguns convencionais ainda se reuniram, assim que a sessão foi
encerrada, sob a orientação do pastor Samuel Câmara (PA). Eles receberam
algumas instruções e protestaram contra o fim dos trabalhos
extraordinários.
Diante de uma câmera de TV evangélica, eles ainda
ergueram uma cédula, com a qual iriam votar nas plenárias, e repetiram a
seguinte frase inúmeras vezes: “Somos mil pastores credenciados,
votamos contra a reforma do estatuto e os nossos votos não foram
considerados”. Depois, cantaram a canção Mais grato a ti, da Harpa
Cristã.
AGE só votou três pontos
Na quinta-feira, os convencionais aprovaram, por maioria de votos, a
criação de uma comissão para fazer uma melhor redação do Credo da
Igreja; o cargo de 3º tesoureiro da CGADB passa a existir a partir da
próxima Assembleia Geral Ordinária (AGO), em Brasília, em 2013; e o
pagamento da taxa para eventos da Convenção Geral não serão mais com
pacote (hospedagem e alimentação).
O pastor Jairo Teixeira, tesoureiro da Convenção dos Ministros da
Assembleia de Deus em Alagoas (Comadal), afirmou que esperava um pouco
mais da AGE em Alagoas. E comentou sobre a reforma do Credo e do
estatuto. “Credo é histórico – de 1938 – que, desde então, a Igreja vem
se moldando. O estatuto deve ser reformulado para se adequar a algumas
questões sociais, mas o Credo pode muito bem ser mantido”, disse o
pastor.
Fonte: AD Alagoas
Fonte: AD Alagoas
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