Estudaremos na Lição 10 o tema "Autoridade Espiritual e Ministerial", procurando extrair das circunstâncias vivenciadas pelo Apóstolo Paulo exemplos para a nossa vida, liderança e ministério.
1. OBJETIVOS DA LIÇÃO
-Conscientizar-se de que sem a autoridade ministerial que recebemos de nosso Senhor Jesus Cristo, jamais conseguiremos desempenhar com eficácia o serviço cristão.
-Compreender que a autoridade espiritual uma vez recebida, deve ser mantida através de uma vida de obediência a Deus e exemplar .
-Explicar o significado da palavra autoridade.
2. CONTEÚDO
Textos Bíblicos:
"Paulo, apóstolo de Jesus Cristo pela vontade de Deus [...]" (2 Co 1.1)
"Porque, se eu me gloriar um pouco mais a respeito da nossa autoridade, a qual o Senhor nos conferiu para edificação e não para destruição vossa, não me envergonharei [...]" (2 Co 10.8)
"São ministros de Cristo? Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; muito mais em prisões; em açoites, sem medida; em perigos de morte, muitas vezes." (2 Co 11.23)
"Portanto, escrevo estas coisas, estando ausente, para que, estando presente, não venha a usar de rigor segundo a autoridade que o Senhor me conferiu para edificação e não para destruir." (2 Co 13.10)
"Faço-vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo o homem, porque eu não recebi, nem aprendi de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo, [...] nem subi a Jerusalém para os que já eram apóstolos antes de mim, mas parti para as regiões da Arábia e voltei, outra vez, para Damasco." (Gl 1.11,12 e 17)
O CONCEITO DE AUTORIDADE
Um dos termos gregos para autoridade é exousia, que conforme VINE (2003, p. 425-426):
"Derivado do significado de 'licença' ou 'permissão', ou a liberdade de fazer como a pessoa quiser, passou as sentido de 'habilidade' ou força com que a pessoa é dotada', e daí, ao significado do 'poder de autoridade', o direito de exercer poder (por exemplo, Mt 9.6; 21.3; 2 Co 10.8); ou ao do 'poder do império ou governo', o poder daquele cuja vontade e ordens devem ser obedecidas pelos outros (por exemplo, Mt 28.18; Jo 17.2; Jd 25; Ap 12.10; 17.13); mais especificamente fala de 'autoridade' apostólica (2 Co 10.8; 13.10) [...]."
O mini dicionário de Houaiss (2001, p. 46) define autoridade:
"1. direito de decidir ou de dar ordens; 1.1 pessoa que tem esse direito; 2. conhecedor respeitado de um assunto."
LIÇÕES SOBRE AUTORIDADE ESPIRITUAL E MINISTERIAL CONFORME O APÓSTOLO PAULO
Conforme os textos bíblicos acima citados, algumas verdades acerca da autoridade espiritual ou ministerial nos são ensinadas:
a) Deus e o Senhor Jesus são a fonte da autoridade do líder e do ministro cristão (2 Co 1.1; 10.8; 13.10).
Toda autoridade reivindicada que não seja delegada por Deus não é legítima. Deus é a fonte de toda verdadeira autoridade (Rm 13.1). Os falsos líderes, profetas e obreiros em geral que se intitulam e reivindicam autoridade, não são reconhecidos por Deus como tais (Mt 7.15-23).
b) A autoridade espiritual que recebemos de Deus e do Senhor Jesus são evidenciadas através de sinais e características presentes em nossa liderança e ministério. Esses sinais são manifestos:
- Em nossa vida espiritual. A prática constante da oração (1 Ts 5.17), o apego ao estudo das Escrituras (2 Tm 4.13), a obediência a Deus e à sua direção (At 9.1-8; 16.6-10) são marcas presentes na vida de quem da parte de Deus recebeu autoridade espiritual e ministerial;
- Em nossa vida moral. Barna (2004, p. 97) afirma que um caráter cristão íntegro é indispensável na autenticação de nossa autoridade como líder. Dentre algumas características que se espera nesta área, ele cita a verdade e honestidade, a dignidade de confiança, a respeitabilidade e, o bom conceito e o exemplo. Poderíamos acrescentar ainda a justiça e a imparcialidade. Sem estes traços em seu caráter e personalidade, o líder cristão terá a sua autoridade comprometida.
- Em nossa atividade de liderança ou ministerial. Nossa autoridade como líder ou obreiro, recebida de Deus e reconhecida pela igreja (liderança e liderados), é evidenciada também através da clareza de nossa vocação e chamada, da submissão às autoridades superiores (ninguém está apto para liderar sem antes ter aprendido a obedecer), ao respeito para com os nossos companheiros de ministério, a presença e clara percepção da unção do Espírito sobre a nossa vida, a clara manifestação das habilidades e dons espirituais no exercício da autoridade mediante a liderança e ministério nos confiados.
c) O fato de Deus e o Senhor Jesus ter nos delegado autoridade espiritual, não nos livra de sermos questionados acerca da legitimidade desta autoridade.
Duas coisas contribuíram para que Paulo tivesse constantemente a sua autoridade apostólica questionada:
- O fato de não ter andado com Jesus e entre os doze apóstolos. Aprendemos com o exemplo de Paulo (conforme os textos acima) que o fato de alguém ter sido chamado e chegado depois no ministério, não o coloca em posição de autoridade menor do que aqueles que chegaram antes, isto sendo considerada a equivalência de sua posição ministerial.
- A sua mensagem e ensino, que escandalizava os cristãos judeus mais tradicionais. Sempre que alguém surge com uma mensagem libertadora e bíblica, incomoda os cativos da tradição legalista e opressora. Como já falamos em outras situações, assim como nos dias da igreja primitiva, a tradição legalista e opressora (não falamos aqui das boas e bíblicas tradições) em muitos lugares tem autoridade igual ou superior à Bíblia sagrada. Quem tem convicção e compromisso com a sua chamada e conhece quem o chamou, não ficará intimidado ante aqueles que parecem ter mais notoriedade, mas são falhos ou limitados em suas concepções e convicções (Gl 2.11-21).
Na atualidade, muitos reivindicam a sua autoridade espiritual e ministerial através de "carteiradas" (apresentação das crendencias de ministro). Estes não entendem que a autoridade não se legitima e nem se sustenta apenas num cargo ou carteira recebida.
Outros, já desqualificados pela ausência dos sinais espirituais e por uma vida moral reprovada, querem manter a sua autoridade espiritual e ministerial na base do grito, da ameaça, do apoio recebido de outros líderes "comprados" e coniventes com as suas práticas abomináveis e pecaminosas, e nas realizações do passado, ou seja, tenta manter a autoridade com base no que já foi e no que já fez, desassociado da vida e feitos presentes. O apóstolo Paulo não apenas citava o que era e já tinha realizado, mas continuava íntegro em tudo e realizando grandes obras.
A autoridade espiritual e ministerial é sustentada e mantida com base na pleno desejo de buscar e fazer a vontade de Deus. Está fundamenta em nossa obediência ao Senhor (Fl 2.5-11).
A graça e a misericórdia de Deus é que nos outorga autoridade espiritual e ministerial, apesar de falhos e imperfeitos que somos (1 Tm 1.12-17). A sua soberania é a base de sua escolha (Sl 139.16; Is 49.1; Jr 1.5; Gl 1.15-16).
O fato de termos mais autoridade não nos torna melhores do que os quem possuem menos autoridade (1 Tm 1.15).
O exercício da autoridade espiritual e ministerial não se destina ao domínio, opressão, manipulação, exploração ou destruição dos liderados ou submissos à nossa autoridade (2 Co 10.8; 13.10; 1 Pe 5.1-4). Somos investidos de autoridade espiritual para servir e edificar (Mt 20.25-28; Rm 1.1; Gl 1.10).
3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO
Discuta com a classe acerca da atual crise de autoridade espiritual e ministerial que tem assolado a igreja evangélica brasileira.
4. RECURSOS DIDÁTICOS
Quadro, cartolina, pincel ou giz, etc.
5. SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
- Autoridade Espiritual, Watcman Nee, Vida.
- Bíblia de Estudo Almeida, SBB.
- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD.
- Dicionário Vine, CPAD.
- Dicionário da Língua Portuguesa Houaiss, Objetiva.
- Desperte o Líder que há em Você, George Barna, CPAD.
2. CONTEÚDO
Textos Bíblicos:
"Paulo, apóstolo de Jesus Cristo pela vontade de Deus [...]" (2 Co 1.1)
"Porque, se eu me gloriar um pouco mais a respeito da nossa autoridade, a qual o Senhor nos conferiu para edificação e não para destruição vossa, não me envergonharei [...]" (2 Co 10.8)
"São ministros de Cristo? Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; muito mais em prisões; em açoites, sem medida; em perigos de morte, muitas vezes." (2 Co 11.23)
"Portanto, escrevo estas coisas, estando ausente, para que, estando presente, não venha a usar de rigor segundo a autoridade que o Senhor me conferiu para edificação e não para destruir." (2 Co 13.10)
"Faço-vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo o homem, porque eu não recebi, nem aprendi de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo, [...] nem subi a Jerusalém para os que já eram apóstolos antes de mim, mas parti para as regiões da Arábia e voltei, outra vez, para Damasco." (Gl 1.11,12 e 17)
O CONCEITO DE AUTORIDADE
Um dos termos gregos para autoridade é exousia, que conforme VINE (2003, p. 425-426):
"Derivado do significado de 'licença' ou 'permissão', ou a liberdade de fazer como a pessoa quiser, passou as sentido de 'habilidade' ou força com que a pessoa é dotada', e daí, ao significado do 'poder de autoridade', o direito de exercer poder (por exemplo, Mt 9.6; 21.3; 2 Co 10.8); ou ao do 'poder do império ou governo', o poder daquele cuja vontade e ordens devem ser obedecidas pelos outros (por exemplo, Mt 28.18; Jo 17.2; Jd 25; Ap 12.10; 17.13); mais especificamente fala de 'autoridade' apostólica (2 Co 10.8; 13.10) [...]."
O mini dicionário de Houaiss (2001, p. 46) define autoridade:
"1. direito de decidir ou de dar ordens; 1.1 pessoa que tem esse direito; 2. conhecedor respeitado de um assunto."
LIÇÕES SOBRE AUTORIDADE ESPIRITUAL E MINISTERIAL CONFORME O APÓSTOLO PAULO
Conforme os textos bíblicos acima citados, algumas verdades acerca da autoridade espiritual ou ministerial nos são ensinadas:
a) Deus e o Senhor Jesus são a fonte da autoridade do líder e do ministro cristão (2 Co 1.1; 10.8; 13.10).
Toda autoridade reivindicada que não seja delegada por Deus não é legítima. Deus é a fonte de toda verdadeira autoridade (Rm 13.1). Os falsos líderes, profetas e obreiros em geral que se intitulam e reivindicam autoridade, não são reconhecidos por Deus como tais (Mt 7.15-23).
b) A autoridade espiritual que recebemos de Deus e do Senhor Jesus são evidenciadas através de sinais e características presentes em nossa liderança e ministério. Esses sinais são manifestos:
- Em nossa vida espiritual. A prática constante da oração (1 Ts 5.17), o apego ao estudo das Escrituras (2 Tm 4.13), a obediência a Deus e à sua direção (At 9.1-8; 16.6-10) são marcas presentes na vida de quem da parte de Deus recebeu autoridade espiritual e ministerial;
- Em nossa vida moral. Barna (2004, p. 97) afirma que um caráter cristão íntegro é indispensável na autenticação de nossa autoridade como líder. Dentre algumas características que se espera nesta área, ele cita a verdade e honestidade, a dignidade de confiança, a respeitabilidade e, o bom conceito e o exemplo. Poderíamos acrescentar ainda a justiça e a imparcialidade. Sem estes traços em seu caráter e personalidade, o líder cristão terá a sua autoridade comprometida.
- Em nossa atividade de liderança ou ministerial. Nossa autoridade como líder ou obreiro, recebida de Deus e reconhecida pela igreja (liderança e liderados), é evidenciada também através da clareza de nossa vocação e chamada, da submissão às autoridades superiores (ninguém está apto para liderar sem antes ter aprendido a obedecer), ao respeito para com os nossos companheiros de ministério, a presença e clara percepção da unção do Espírito sobre a nossa vida, a clara manifestação das habilidades e dons espirituais no exercício da autoridade mediante a liderança e ministério nos confiados.
c) O fato de Deus e o Senhor Jesus ter nos delegado autoridade espiritual, não nos livra de sermos questionados acerca da legitimidade desta autoridade.
Duas coisas contribuíram para que Paulo tivesse constantemente a sua autoridade apostólica questionada:
- O fato de não ter andado com Jesus e entre os doze apóstolos. Aprendemos com o exemplo de Paulo (conforme os textos acima) que o fato de alguém ter sido chamado e chegado depois no ministério, não o coloca em posição de autoridade menor do que aqueles que chegaram antes, isto sendo considerada a equivalência de sua posição ministerial.
- A sua mensagem e ensino, que escandalizava os cristãos judeus mais tradicionais. Sempre que alguém surge com uma mensagem libertadora e bíblica, incomoda os cativos da tradição legalista e opressora. Como já falamos em outras situações, assim como nos dias da igreja primitiva, a tradição legalista e opressora (não falamos aqui das boas e bíblicas tradições) em muitos lugares tem autoridade igual ou superior à Bíblia sagrada. Quem tem convicção e compromisso com a sua chamada e conhece quem o chamou, não ficará intimidado ante aqueles que parecem ter mais notoriedade, mas são falhos ou limitados em suas concepções e convicções (Gl 2.11-21).
Na atualidade, muitos reivindicam a sua autoridade espiritual e ministerial através de "carteiradas" (apresentação das crendencias de ministro). Estes não entendem que a autoridade não se legitima e nem se sustenta apenas num cargo ou carteira recebida.
Outros, já desqualificados pela ausência dos sinais espirituais e por uma vida moral reprovada, querem manter a sua autoridade espiritual e ministerial na base do grito, da ameaça, do apoio recebido de outros líderes "comprados" e coniventes com as suas práticas abomináveis e pecaminosas, e nas realizações do passado, ou seja, tenta manter a autoridade com base no que já foi e no que já fez, desassociado da vida e feitos presentes. O apóstolo Paulo não apenas citava o que era e já tinha realizado, mas continuava íntegro em tudo e realizando grandes obras.
A autoridade espiritual e ministerial é sustentada e mantida com base na pleno desejo de buscar e fazer a vontade de Deus. Está fundamenta em nossa obediência ao Senhor (Fl 2.5-11).
A graça e a misericórdia de Deus é que nos outorga autoridade espiritual e ministerial, apesar de falhos e imperfeitos que somos (1 Tm 1.12-17). A sua soberania é a base de sua escolha (Sl 139.16; Is 49.1; Jr 1.5; Gl 1.15-16).
O fato de termos mais autoridade não nos torna melhores do que os quem possuem menos autoridade (1 Tm 1.15).
O exercício da autoridade espiritual e ministerial não se destina ao domínio, opressão, manipulação, exploração ou destruição dos liderados ou submissos à nossa autoridade (2 Co 10.8; 13.10; 1 Pe 5.1-4). Somos investidos de autoridade espiritual para servir e edificar (Mt 20.25-28; Rm 1.1; Gl 1.10).
3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO
Discuta com a classe acerca da atual crise de autoridade espiritual e ministerial que tem assolado a igreja evangélica brasileira.
4. RECURSOS DIDÁTICOS
Quadro, cartolina, pincel ou giz, etc.
5. SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
- Autoridade Espiritual, Watcman Nee, Vida.
- Bíblia de Estudo Almeida, SBB.
- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD.
- Dicionário Vine, CPAD.
- Dicionário da Língua Portuguesa Houaiss, Objetiva.
- Desperte o Líder que há em Você, George Barna, CPAD.
Boa aula!
Fonte: Blog do Pastor Altair Germano
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