O PL 122, de autoria da ex-deputada Iara Bernardi (PT-SP), atualmente tramita na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado após aprovação na Câmara dos Deputados em 2007.
Um dos pastores que puxou as orações, Jabes de Alencar, da Assembléia de Deus, apelou: “Senhor, sabemos que há uma maquinação para que este País seja transformado numa Sodoma e Gomorra (cidades que, pela Bíblia, foi arrasada por Deus pela prática da luxúria). Um projeto desses vai abrir as portas do inferno”. Quando começaram a se dirigir para o interior do Congresso, os protestantes gritavam melodias como “Caia, Babilônia, caia, Babilônia”.
Expressão
Parlamentares ajudaram um grupo de pastores e fiéis a entrar no Parlamento, após o empurra-empurra em frente à entrada principal. Depois, eles se dirigiram à sala da Presidência do Senado e aproveitaram o fato de só haver como representante da Presidência um senador evangélico, Magno Malta (PR-ES).

O coordenador do movimento, o pastor da Assembléia de Deus Silas Malafaia, entregou a Malta o documento para ser distribuído aos senadores. “Esse projeto de livre expressão sexual abre as portas para a pedofilia. É uma afronta à Constituição e à família”, discursou Malafaia.
Magno Malta tomou a palavra e elogiou a manifestação. “Sempre falaram que esse era um debate de evangélicos, mas temos aqui um deputado católico (Miguel Martini, do PHS-MG) que sempre representou o segmento católico do Brasil e está apoiando um documento que contradita as inconstitucionalidades do PL 122”, disse.

O deputado católico Miguel Martini foi ainda mais duro. “Querem calar a boca dos cristãos para impedir que falemos a verdade, que está na Bíblia. Nós amamos os homossexuais, porque são nossos irmãos, mas não amamos o homossexualismo. Não aceitamos discriminação de ninguém, mas não aceitamos sermos discriminados em nossas convicções religiosas”, bradou Martini.
O projeto
O PL 122, de autoria da ex-deputada Iara Bernardi (PT-SP), atualmente tramita na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado após aprovação na Câmara dos Deputados em 2007. A proposta considera crime o preconceito de gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero. Entre as sanções previstas para a homofobia, está a pena de cinco anos de prisão.
Segundo a relatora do PL 122 na CAS, senadora Fátima Cleide (PT-RO), "no Brasil não se muda a realidade se não houver punição".
Mas o deputado federal Bispo Rodovalho (DEM-DF), protestou contra possíveis “abusos” decorrentes do PL 122. “O PL 122 dá poderes ditatoriais a uma minoria. Se um funcionário for dispensado de uma empresa, poderá alegar homofobia, e o dono da empresa vai ser preso por crime hediondo, inafiançável”, alegou Rodovalho.
Fonte: www.ultimosegundo.com.br
Fotos: Ed Ferreira,Fábio Rodrigues Pozzebom.











