sexta-feira, 8 de junho de 2012

CGADB encerra AGE mais cedo para evitar novas discussões acaloradas

Presidente conclui evento antes, para não macular igreja em Maceió; poucos pontos foram discutidos

Por orientação do corpo jurídico da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) e seguindo as prerrogativas que lhe são impostas, com base no estatuto da Igreja, o pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente da instituição, encerrou os trabalhos da Assembleia Geral Extraordinária (AGE), em Alagoas, mais cedo. Antes mesmo de começar a plenária desta sexta-feira (08) e imediatamente após o momento devocional feito pelo pastor Elienai Cabral (PR), o presidente fez a conclusão e explicou que a atitude estava sendo tomada para evitar, de novo, posturas impróprias de alguns convencionais.

Na sessão desta quinta-feira, os debates bastante acalorados provocaram um clima de mal-estar. O assunto em questão era a inclusão, no Credo ou no estatuto da denominação, de três artigos que se referem a um posicionamento contrário da Assembleia de Deus acerca de prováveis ameaças aos princípios cristãos na atualidade, a exemplo do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Assim que o pastor Elienai Cabral encerrou a ministração, o pastor José Wellington Bezerra da Costa fez a leitura da orientação da equipe jurídica da CGADB para que a 5ª AGE fosse encerrada naquele instante. O documento lido em plenário argumentava que a conclusão era necessária para evitar novos debates descabidos. A Convenção Geral ainda protestava pela postura dos convencionais durante as discussões e recomendava que a conduta deles, no evento, deveria ser investigada por uma comissão interna.

Diante das alegações feitas pelos advogados, o presidente afirmou que estava encerrando os trabalhos e faria isto com base no estatuto. “Não desejamos que a Igreja em Maceió sofra qualquer tipo de arranhão, ou seja maculada por conta destes procedimentos errados. Agradecemos ao pastor José Antonio dos Santos pela excelente recepção”, falou o pastor Wellington, concluindo a AGE com uma oração.

Alguns convencionais ainda se reuniram, assim que a sessão foi encerrada, sob a orientação do pastor Samuel Câmara (PA). Eles receberam algumas instruções e protestaram contra o fim dos trabalhos extraordinários. 

Diante de uma câmera de TV evangélica, eles ainda ergueram uma cédula, com a qual iriam votar nas plenárias, e repetiram a seguinte frase inúmeras vezes: “Somos mil pastores credenciados, votamos contra a reforma do estatuto e os nossos votos não foram considerados”. Depois, cantaram a canção Mais grato a ti, da Harpa Cristã.
AGE só votou três pontos

Na quinta-feira, os convencionais aprovaram, por maioria de votos, a criação de uma comissão para fazer uma melhor redação do Credo da Igreja; o cargo de 3º tesoureiro da CGADB passa a existir a partir da próxima Assembleia Geral Ordinária (AGO), em Brasília, em 2013; e o pagamento da taxa para eventos da  Convenção Geral não serão mais com pacote (hospedagem e alimentação).

O pastor Jairo Teixeira, tesoureiro da Convenção dos Ministros da Assembleia de Deus em Alagoas (Comadal), afirmou que esperava um pouco mais da AGE em Alagoas. E comentou sobre a reforma do Credo e do estatuto. “Credo é histórico – de 1938 – que, desde então, a Igreja vem se moldando. O estatuto deve ser reformulado para se adequar a algumas questões sociais, mas o Credo pode muito bem ser mantido”, disse o pastor.

Fonte: AD Alagoas

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